quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

APESAR DE MINHA MISÉRIA





Apesar da minha miséria, o Senhor precisa de mim.
Não sou ninguém, mas o Senhor precisa mesmo assim.
 
O Senhor precisa de mim e não vai me abandonar.
Eis-me aqui, Senhor, toma conta de mim, podes me usar.
 
Te entrego minha língua, para tua misericórdia anunciar.
Te entrego meus pés,  para incansavelmente evangelizar.
 
Te entrego meu cansaço, para que os outros possam descansar.
 Te entrego meu pobre coração, pelos que não te querem amar.
 
Te entrego tudo o que sou. Te entrego meus sonhos e o meu viver.
Coração Sacratíssimo de Jesus, cumpra em mim todo o teu querer.
 
Sou pequeno, e por isso quisera ser um pano de chão no teu altar.
Quisera ainda ser o jumentinho, que teve a graça de te carregar.
 
Mas fizeste muito mais do que isso. És meu amigo, sou tua morada.
 E vens em meu coração habitar, pela comunhão sagrada.
 
Corre então nas minhas veias teu precioso sangue real.
Jesus, protege este teu servo inútil contra todo mal.
 
 

MÃE DE DEUS



   Encerrando a oitava de Natal, a Igreja celebra, no dia 1º de janeiro, a solenidade de Maria Mãe de Deus. Mas, se Deus existiu desde sempre, como pode ser filho de uma criatura? Maria é uma mulher admirável, mas chamá-la “ Mãe de Deus” não  é um exagero?
 Ora, Maria não gerou Deus Pai. Mas foi a verdadeira mãe de Jesus Cristo e Jesus Cristo é verdadeiramente Deus; portanto, Maria é Mãe de Deus. Negar isso é negar a fé na encarnação do Verbo Divino.
 Jesus não desceu ao mundo como um alienígena. Sendo Deus, ele tornou-se verdadeiro homem. E como tal, teve uma mãe.
 Gosto muito daquela frase que diz mais ou menos assim: “Se a terra onde Jesus pisou é santa, imagine o ventre que o carregou...” De fato, o sangue que corria nas veias de Nosso Salvador era o mesmo que corria nas veias de Nossa Senhora.  Ela é a Arca da Aliança, o tabernáculo puríssimo do Altíssimo.
         Virgem antes, durante e depois do parto, ela trouxe ao mundo a “luz eterna”. Elevada aos céus, continua a apontar-nos, tal qual uma seta, o Seu Filho, único caminho para o Pai.
 “O que a fé católica crê acerca de Maria funda-se no que ela crê acerca de Cristo, mas o que fé ensina sobre Maria ilumina, por sua vez, a fé em Cristo.” ( CIC 487)  Que a Mãe de Deus sempre nos acompanhe!
 

CONSTRUTORES DA PAZ



                                                                         

“Deixo-vos a paz. Dou-vos a Minha Paz. A paz que eu dou não é que o mundo dá.” A paz é um dom de Deus, mas quem a constrói é o ser humano.

 A paz que o mundo dá é falsa e passageira, pois traz consigo um ar de acomodação. A paz que o Senhor nos oferece é duradoura, pois “Ele é a nossa Paz”.

 Se vivemos nesse caos, precisando construir muros cada vez mais altos, é porque deixamos de construir pontes que nos levem ao encontro dos irmãos.

 É impossível construir a paz, se não nos dispormos a recuperar a dignidade perdida de tantos irmãos. A corrida armamentista não acaba com a guerra, pelo contrário, a agrava.

 O ódio só será vencido com a força invencível do amor. O desejo de vingança só será superado quando assumirmos em nossa vida a misericórdia do Senhor. O Catecismo da Igreja Católica afirma:

“Pecadores que são, os homens vivem em constante perigo de guerra, e este perigo os ameaçará até a volta de Cristo. Mas, na medida em que unidos pela caridade, superem o pecado, superarão igualmente as violências, até que se cumpra a palavra: ‘De suas espadas eles forjarão relhas de arado, e de suas lanças, foices. Uma nação não levantará a espada contra a outra, e já não se adestrarão para a guerra.’ ( Is 2, 4)” ( CIC 2317)
         Como filhos do Pai Eterno, trabalhemos pela paz, pois esta é a Sua vontade. Lembremos sempre que a paz começa dentro de nossas casas.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Lá em casa, não tinha lugar...


 
Bateu lá em casa um senhor, querendo um lugar para pernoitar.

Disse-me que sua mulher estava grávida e que o bebê já ia chegar.

 

Mas lá em casa não tinha lugar. O orgulho já estava hospedado.

Além disso, as coisas do mundo já tinham me envenenado.

 

A senhora grávida era muito linda. Mas lá em casa não tinha lugar.

Pobre mulher e pobre homem! Disseram que continuariam a tentar.

 

Aquele casal foi embora e  percebi que eu não tinha mais felicidade.

Ah! O olhar daquele casal transmitia o brilho de alguma verdade.

 

Resolvi refletir sobre minha vida. Mandei meu orgulho embora.

 E correndo apressado, fui em busca daquela Senhora.

 

 Encontrei-os em uma estrebaria, desprezados pelos humanos.

 Ah! E que criança tão linda enfaixada nos simples panos.

 

Ali sim encontrei a felicidade que há tanto tempo procurava.

Ah! Ali, naquela manjedoura era o próprio Deus que estava.

 

 

 

 

MISERICÓRDIA DIVINA, QUE DESCE AO MUNDO NA PESSOA DO VERBO ENCARNADO


O mistério do natal é esplêndido.  Deus se torna um de nós, por nós homens e para a nossa salvação. Entretanto, foi acolhido somente pelos animais... Eis o mistério da Misericórdia Divina confrontada com a nossa ingratidão.

 Diante do presépio cai por terra todo o orgulho, toda falsidade, toda prepotência. Deus se faz pequeno e se deixa tocar. Como diria Santa Tereza de Ávila, esta é uma “ loucura de Deus”.

O Rei do Universo, não nasceu em palácios, mas em uma manjedoura. Despojou-se de sua glória, só por amor a nós. Diante disso, como podemos ainda duvidar de sua misericórdia?!

  Ele nos espera no presépio. Acheguemo-nos todos. Jesus está enfaixado em alguns paninhos e abandonado pela nossa indiferença.   Ele é a Misericórdia Encarnada, o nosso redentor, o nosso mais precioso tesouro.

 “ Ó Majestade imensurável, como vos aproximastes docemente de nós. Aqui não existe temor dos raios do Grande Javé, aqui está o doce Menino Jesus. Aqui, nenhuma alma tenha medo, embora não tenha diminuído a vossa majestade, mas apenas se tenha escondido.” ( Diário 845)

NOSSA SENHORA DE GUADALUPE


No ano de 1531, Nossa Senhora apareceu no México ao índio Juan Diego, pedindo-lhe que construísse uma igreja a ela dedicada. O bispo duvidoso pede ao índio um sinal.

 Era a época de inverno, portanto não seria possível encontrar flores. Entretanto, a Virgem Maria ordena que Juan Diego colha as mais belas rosas, levando-as ao bispo, como prova da veracidade de suas palavras. 

Chegando diante do bispo, as rosas caem ao chão e no manto de Juan Diego fica estampada a imagem de Nossa Senhora.

 Tal manto era feito de cacto, material que não duraria por muito tempo, porém, o mesmo conserva-se até hoje e não foi destruído nem mesmo com material tóxico. 

 Estudos revelam que a pintura não foi feita com nenhum material existente na terra. Os cientistas ficam extasiados quando observam que, nos olhos da imagem aparecem várias figuras, o que seria impossível devido ao espaço diminuto.

 Como mãe do povo sofrido, Nossa Senhora de Guadalupe, apareceu com as características do povo indígena, para dizer ao mundo que seu amor estende-se a todas as pessoas. Apareceu grávida, pois deseja fazer com que Jesus nasça em nosso coração.

 Quando Maria se faz presente em nossa vida o impossível acontece. Seus olhos velam por nós. E mesmo que seja duro o inverno, com a intervenção de Maria, podemos colher as mais belas flores. Ela continua a dizer-nos: “ POR QUÊ TENS MEDO? NÃO ESTOU EU AQUI, QUE SOU VOSSA MÃE?!”

terça-feira, 18 de novembro de 2014

JOVEM GALILEU


 
 
 
 
Quem é você,  Jovem Galileu?
Quem é você que nesta cruz morreu?
 
Quem é você, que me olha com tanto amor?
Quem é você homem a quem chamo de Senhor?
 
 Quem é você pobre e despido?
 Quem é você, que me chama de amigo?
 
Quem é você com esta coroa de espinho?
Quem é você que me dá tanto carinho?
 
Quem é você,  homem que me enche de luz?
 Quem é você a quem chamam de Jesus?
 
 Você é o meu tudo.  É a razão de meu viver.
É aquele por quem desejo de amor morrer.